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By Ferramentas Blog

novembro 12, 2011

Divisão Do Pará: Mais Malefícios Do Que Benefícios.


Minha tia voltou de Carajás. Ela disse que viu um carro que não tinha mais onde colocar os adesivos do "sim". Acho que o dono(a) deste carro, ou é subordinado(a) da Vale, ou é rico(a)-ladrão(a), ou ainda não entendeu o que está por trás destas armações. Uma garota de Carajás escreveu num debate na internet: "Belém não quer a divisão, porque não quer ficar sem nossos milhões, né!?". "NOSSOS MILHÕES", SÓ SE FOR NA CASA DO CAPETA, SUA LOUCA! Aqui no Pará, de tudo o que é produzido, grande parte vai embora! E PIB não reflete a realidade de um estado!
Só de ouvir e ver as propagandas do "sim", a gente já percebe que elas não têm muito fundamento, mais conhecidas como do tipo #FAIL e #OWNED. Ouvi cada ABSURDO numa rádio como: "Com a Divisão, o Pará não vai perder quase nada tirando as reservas florestais. Vote 77 Tapajós." Olha, tenho meus princípios bíblicos e sei que não devo, mas na hora pensei: "QUE P**** É ESSA!? O cara começa no nada e vai pro lugar nenhum!".
MOMENTO DE DEBATER REBATER:

1) Nesta propaganda, a moçinha (que nem paraense é, pois todas as propagandas políticas são gravadas em SP) diz que, se não dividir, não vai mudar nada. A que mudança ela se refere? Mudar para pior, só pode. Porque até lá no Japão vai mudar alguma coisa: o bolso do dono da Mitsui, que é dona de mais de 18% da Vale, vai ficar pequeno para tanto dinheiro. Afinal, Ela também tem o direito participar das decisões da Vale, que está louca para poder mandar livremente em Carajás. O mundo inteiro leva embora nossos recursos naturais: http://veja.abril.com.br/211009/popup_vale.html. E já querem levar nossa dignidade.
2) Também diz: "o Governo do Pará não tem dinheiro nem para contratar mais médicos (...)". É, pode ser. Mas imagina então Carajás, que se alimentará dos mesmos lugares de onde vêm os repasses públicos, para pagar todos esses novos políticos, juizes e mais um montão de gente (leia mais a frente). Ei! Aqui não é Europa, não, velho! Aqui é terra de mágico: mete a mão e desaparece!
3) É: divide os problemas só se for por ½ (meio), que dá problemas multiplicados por 2! (analogia para enganar: troca-se o "multiplicar" por meio, por "dividir" por meio. Pois 1 × ½ = ½  e  1 ÷ ½ = 2), só que neste caso pode surgir o triplo dos problemas (3 estados). E ele não fala que terão que ser contratados mais "meio mundo" de políticos para controlar as áreas divididas! Na política brasileira, eu sinto muito, mas em nada se confia.
4) Caso haja a divisão, NÃO haverá MAIS repasse do FPE. Caso haja divisão, haverá uma reformulação dos repasses. Mas isso não quer dizer que vamos receber mais. Hoje, o Pará recebe 2,4 bilhões do FPE (6,1%). Quem vai garantir que os valores vão subir? Serão 3 estados menores, menos participação. A exemplo disso, veja São Paulo: 1% do FPE. (Lei Complementar Nº 62 de 28 de Dezembro de 1989).E por falar em REFORMULAÇÃO DE REPASSES, outros estados podem sair perdendo com isso.
5) O Pará não vai receber esse dinheiro (5 bi e 900). Porque existe uma lei que diz que a União NÃO vai ficar "dando de mamar" e nem vai pagar a conta da criação dos estados. (http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf233a250.htm)
6) No Brasil, mais dinheiro significa: mais gente metendo a mão.
7) Belém está até "o talo" de médicos e advogados! Eles é que não querem ir para o interior, onde se paga até mais para servir de incentivo. (http://arielmcastro.blogspot.com/2009/07/medico-no-interior-ganha-mais-do-que.html).
8) Pois é! Se separar vai ter que rezar muuuuuuito por cada ladrão novo...

Agora, as propagandas 3, 5, e 7 e 9 do NÃO:




A verdade é que só trará benefícios para os ricos dessas regiões... em especial a Companhia Vale e seus mandos e desmandos na região. Nem estamos preocupados se Belém pode perder o dinheiro da cobrança de impostos, território, etc.: a gente já viu "esse filme". Eles querem esse dinheiro para melhorar seus bolsos  e dizem que União teria que ficar sustentando por vários anos, o que é mentira! (http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf233a250.htm). Querem deixar igual o Amapá: só funcionário público "mamando" no povo. Depois vai ficar só a bagaça! Se Tocantins era miserável, agora é pobre. E fizeram tanta propaganda dizendo que ia melhorar pra caramba! Melhorou quase nada e olha o tempo que esperaram pelo dinheiro: 16 anos! Hoje, continuam com a gente em último plano.
Alborghetti se revira.
 Caso haja a divisão, serão mais 6 senadores, 16 deputados federais e, para completar a zorra, mais 48 deputados estaduais. O dinheiro que vem, ou melhor, que não vem para "desenvolver" vai acabar rapidinho com toda essa farra aí. E o povo, crente em desenvolvimento e mais inclusão social, fica na pior. Isso sem falar nos parasitas: uma organização de supermercados está comprando de tudo direto em Santarém, só para "mamar" também. Os deputados a favor: de 10, por exemplo, 8 foram eleitos por aqui, mas não nasceram aqui. O mesmo cara que fez a propaganda contra a divisão no Nordeste, está fazendo a "a favor" aqui. E tem tantos outros, que não vou nem falar, porque tem tanto pistoleiro neste mundo! 
TÃO PENSANDO QUE VÃO ENGANAR QUEM, MEUS AMORES?
ATÉ MESMO IMPLANTAR TREM-BALA MAGLEV ENTRE AS PRINCIPAIS CIDADES DO PARÁ SAI MUITO MAIS BARATO E DURADOURO!
É ISTO QUE VOCÊ QUER?



ACHO QUE O POVO NÃO.



PARÁ: AME-O OU DEIXE-O
EEa
Este está equivocado quanto à lei acima.
E




 www.grupoencantosamazonicos

TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI
José Ribamar Bessa Freire
09/10/2011 - Diário do Amazonas

 Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da
Amazônia. Começou no dia 4 de Abril de 1654, em São Luís do Maranhão,
com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num
auditório da Universidade Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de
Outubro, quando estudantes hostilizaram dois deputados federais que
defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.
A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de
Dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às
urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois
Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu
atual território caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.
A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja
ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na
América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um
com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários.
Somente um ano depois da Independência do Brasil, em Agosto de 1823, é
que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se unificando.
Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos
começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as
capitanias da região norte fossem transformadas em entidades autônomas. O
padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV,
convenceu o monarca a fazer exatamente o contrário, criando um governo
único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São
Luís e depois em Belém.
Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava
que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais
governadores, o que dificultaria o controle sobre eles. É mais fácil
vigiar um ladrão do que dois, escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de
Abril de 1654: “Digo, senhor, que menos mal será um ladrão que dois, e
que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.
N um sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um
auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros
da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os
governadores, nomeados por três anos, de enriquecerem durante o triênio,
juntamente com seus amigos e apaniguados, dizendo que eles conjugavam o
verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas. Vale a pena transcrever
um trecho do seu sermão:
- “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim
do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os
furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira
pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras
quantos para isso têm indústria e consciência”.
Segundo Vieira, os governadores ”furtam juntamente por todos os
tempos”. Roubam no tempo presente , “que é o seu tempo” durante o
triênio em que governam, e roubam ainda ”no pretérito e no futuro”.
Roubam no passado perdoando dívidas antigas com o Estado em troca de
propinas, “ vendendo perdões” e roubam no futuro quando “empenham as
rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe
vem a cair nas mãos”.
O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu:
“Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos,

furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma,
que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo
verbo: a furtar, para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz
ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se
tiveram feito grandes serviços tornam carregados de despojos e ricos; e
elas ficam roubadas e consumidas”.
Numa atitude audaciosa, padre Vieira chama o próprio rei às suas
responsabilidades, concluindo:
“Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos
príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos
ladrões. E por que? São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam;
são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são companheiros dos
ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos
ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros,
porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos
ladrões os levam consigo”.
Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam
mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas,
mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos. Por isso, o Conselho
Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando
13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação à
proposta. Em nota oficial, esclarece:

Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca
estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós,
porque essa não era sua reivindicação e também porque não eram
convidados. Esse movimento foi iniciado e liderado nos últimos anos por
políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente
dificilmente é bom para nós”.








Um comentário:

  1. É mais fácil manter muitos hospitais, policiais, pesquisadores, professores e universidades no interior, do que alimentar inutilmente mais milhões de políticos que só vão ficar dando giros nas poltronas dos seus gabinetes.

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