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By Ferramentas Blog

junho 25, 2011

Inventores Paraenses

Queria pedir desculpas por uma falsa informação que coloquei na postagem anterior. Eu disse que o inventor da fibra óptica era paraense. Coloquei às pressas e sem buscar mais informações. Peço mil desculpas.
Quando era criança, lembro que alguém me disse isso, ou então eu devo ter entendido errado. Quando vamos crescendo nossas lembranças acabam sendo um pouco alteradas. Peço desculpas mais uma vez.. Não quero ensinar ninguém de forma errada.
O inventor dessa fibra é um físico indiano, Narinder Singh Kapany. 

 
Mas o Pará também tem inventores. Vejam esta reportagem do O Liberal:

Inventores paraenses buscam incentivo


De combustível a base de água à massa em argila para revestimento térmico livre de amianto. Pouca gente sabe, mas paraenses têm inovado e inventado soluções criativas para os problemas enfrentados por pessoas de todo o Brasil. Com pouco ou nenhum incentivo, estes "cientistas de garagem" encaram dificuldades financeiras, infraestruturais e, até mesmo, chacotas de familiares e amigos para levarem adiante suas ideias e sonhos. O resultado é que, enquanto alguns poucos conseguem tornar públicos os seus inventos e beneficiar a sociedade, a maioria ainda espera uma oportunidade para assegurar os seus direitos e ter seus projetos divulgados.

Por ter uma grande resistência a altas temperaturas, muitas indústrias utilizam o amianto em seu processo produtivo. Além de agredir o meio ambiente, o uso desta matéria prima é polêmico pois ela é considerada cancerígena. Sua utilização é proibida em diversos países. Que tal então criar uma substância biodegradável que seja capaz de substituir todos os produtos que possuem o amianto em sua composição? Esta foi a ideia do aposentado Francisco Silva Ferreira. Nascido no município de Afuá, ele desenvolveu uma massa em argila para revestimento térmico que substitui com eficiência o uso do amianto. Francisco informou que o sofrimento serviu de motivação para que criasse a massa em argila: "Muitos amigos meus morreram pelas doenças causadas pela exposição ao amianto".

Francisco é experiente no trabalho com siderurgia e metalurgia. Aos 14 anos, começou a trabalhar em uma empresa de reprodução de energia elétrica. Desde então, ele já foi mecânico soldador, operador de máquinas e chefe de setor de maquinaria. Em 2000, ele criou a massa de argila e, dois anos depois, deixou o emprego na mineradora onde trabalhava para se dedicar exclusivamente à sua própria empresa. Hoje, o aposentado tem um empreendimeto próprio na Vila dos Cabanos com 19 funcionários. Ele conta que é procurado por grandes empresários, inclusive do Rio de Janeiro e que seu experimento foi reconhecido por premiações nacionais e internacionais.
Assim como ele, outro paraense, o técnico em informática Silvio Cavalcante da Silva, também pode ser considerado um "cientista de garagem". Há dez anos ele se dedica exclusivamente à pesquisa da eficiência na área energética. Silvio estuda formas de se extrair o hidrogênio da água para a utilização como combustível através da técnica da eletrólise. Ele fala que seu primeiro protótipo foi colocado no youtube e, nos primeiros três meses, recebeu 11 mil acessos. Desde então, o pesquisador já foi procurado por sete empresas internacionais, dentre elas, uma empresa chinesa que financiou seus estudos durante um ano e três meses.
Silvio explica que o diferencial de sua experiência é a aplicação de um sistema portátil em que o hidrogênio é produzido a partir da água de maneira imediata. "Quando o motor é ligado, o motor começa a produzir hidrogênio. Quando desligado, a produção cessa",esclareceu.
Silvio afirma que o seu invento não vai de encontro aos interesses de grandes petrolíferas. "Muitos acreditam em teorias da conspiração e acham que quem inventa algo novo vai ser perseguido e até assassinado mas, na verdade, não é isso o que acontece. A extração do hidrogênio da água seria positiva porque o Brasil teria condições de exportar petróleo, o que é mais lucrativo", argumentou. A diferença entre os dois pesquisadores é quanto ao incentivo que receberam. Enquanto Francisco recebeu o apoio da mineradora em que trabalhava, Silvio teve sua pesquisa reconhecida por empresas internacionais. No Pará, Silvio, como outros inventores, ainda espera conseguir recursos para patentear o seu experimento.
propriedade
Segundo o diretor técnico de uma empresa de patentes, Wilson Sampaio Portela Júnior, para garantir a propriedade da criação, o inventor precisa de um registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). "Somente assim terá a segurança de que ninguém poderá produzir, importar ou comercializar o invento, dentro do território nacional, sem sua autorização", frisa. Ele informa que este registro funciona como um "monopólio legal". O Estado, através da Carta Patente, concede direitos de uso exclusivo para o inventor durante um período máximo de 20 anos. "Em troca disso, o Estado recebe do criador todas as informações tecnológicas de seu invento", esclarece. Para Wilson, o sistema de proteção por patente é um mecanismo utilizado para prover o desenvolvimento tecnológico, social e econômico do País, já que toda a sociedade é beneficiada.
Ele destaca que as invenções não são feitas somente por cientistas. "Qualquer pessoa pode inventar, registrar e obter a propriedade do invento, que poderá ser vendido, licenciado ou transferido para terceiro". Com base no "Relatório de Invenção" será emitido um orçamento com os custos do pedido de registro e de busca isolada junto ao INPI. Em média o valor fica em torno de R$ 2.000. Mas, segundo o diretor, não existe uma tabela fixa de preços. 
Além das empresas particulares é possível patentear um produto através do setor de patentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da representação do INPI que, em Belém, funciona na Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), na avenida Presidente Vargas, nº 1.020.

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