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By Ferramentas Blog

março 27, 2012

Ver-o-peso, 385 anos da maior feira livre da América Latina

1965 - Libero Luxardo
Parabéns aos trabalhadores!
Uma casa de aferir peso acabou virando símbolo de uma cidade

A Casa do Ver-o-peso foi criada no Brasil para aferir exatamente o peso do açúcar e outros produtos e cobrar, sobre o que fosse pesado, o devido imposto para a Coroa Portuguesa, pois as mercadorias da Amazônia passavam por aqui.
Em 1614, no Rio de Janeiro, essa modalidade fiscal foi introduzida. Em Belém, não se sabe ao certo quando o fisco começou a funcionar. Porém, em 1625, a Casa do Ver-o-peso já estava em pleno funcionamento, haja vista ter o Senado da Câmara solicitado ao governador Gomes Freire de Andrade a renda daquela espécie de Mesa Fiscal, orçada então em 150 mil-réis, para enfrentar as despesas administrativas da cidade.


parahistorico.blogspot.com
 A Casa deve ter sido erguida na foz do igarapé Piri, onde hoje é a Doca do Ver-o-peso. Para se ter uma idéia da topografia da época, recorde-se de que a avenida Castilhos França e a rua 15 de Novembro não existiam: as águas da Baía do Guajará banhavam toda aquela área, posteriormente aterrada. O igarapé do Piri avançava pela cidade e o atual trecho do largo do Palácio, avenida 16 de Novembro e circunvizinhanças não passavam de alagadiços.
Unindo o bairro da Cidade (Cidade Velha) ao da Campina, existia uma estiva sobre o Piri. A rua dos Mercadores, (João Alfredo) começava defronte da embocadura daquele igarapé. E ali as autoridades levantaram a Casa do Ver-o-peso para recolhimento dos impostos de entrada de mercadorias.


Em 1839, após a posse de Bernardo de Sousa Franco na Presidência da Província, tratou ele de dar início ao grandioso trabalho de recuperação econômica do Pará, abalado depois da Guerra dos Cabanos. Entre as várias medidas que tomou, incluiu-se a da extinção da repartição do Ver-o-peso, a 30 de Outubro daquele ano, pois os impostos passariam a ser cobrados na Recebedoria Provincial. No mesmo decreto determinava que a antiga Casa do Ver-o-peso fosse destinada para a Ribeira do Peixe Fresco.

Com o aterramento do Piri e com o avanço da cidade sobre a baía do Guajará, a paisagem do lugar sofreu radical transformação. Uma doca foi construída, para abrigar as pequenas embarcações que vinham do interior trazendo peixes, mariscos e produtos agrícolas. Na rua 15 de Novembro, ergueram o Mercado Municipal. Depois, na ponta do Ver-o-peso, o Mercado de Ferro. Em volta deles se desenvolveu a maior feira livre da cidade, que subsiste até hoje, transformando-se em um dos pontos mais característicos de Belém e um dos maiores pontos de atração turística, apesar da falta de higiene ainda ali imperante.

Mercado de Ferro
Construído por Antônio Lemos, foi inaugurado em 1º de Dezembro de 1901, em um domingo. A autorização para essa obra veio através da Lei Municipal nº 173, de 30 de Dezembro de 1897. E a empresa La Rocque, Pinto & Cia venceu a concorrência pública.


 De acordo com os dados oficiais, o mercado de Ferro tem a forma de um duodecágono (12 lados). Com o sistema de atracação a ferro, seus pilares exteriores medem 7,90m de altura e, os interiores, 9,40m, com um travejamento geral de ferro e aço. A parte central, que forma o mercado propriamente dito, tem uma área de 1.197m². O acesso é através de 4 portas. A cobertura, de telha francesa.  Na parte do centro, 18 clarabóias retangulares, de 3m de comprimento. Vidros de cinco milímetros de espessura as revestem e facilitam a entrada da claridade solar.
Nos quatro lados do edifício, erguem-se o mesmo número de torres, cobertas de escamas de zinco vieille-montaine. O travejamento é de ferro e madeira. Na parte externa há 44 compartimentos para fins comerciais, cada um medindo 3 × 5 m.
O peso do edifício e aterro sobre as fundações das linhas externas é de 1.133.389 toneladas; sobre as linhas externas, de 1.980.940 toneladas, totalizando 3.111.329 toneladas. O peso da construção metálica é de 44.000 toneladas, ou seja, 203.728 quilos por metro quadrado.


O Mercado Municipal
Onde está edificado o Mercado Municipal, ou de carne, num passado bem remoto era a praça do Pelourinho, que dava os fundos para a baía do Guajará. Ali é que executavam os condenados à morte.
Antes da administração de Antônio Lemos, o mercado possuía apenas um pavimento. E foi ele quem, autorizado pela Lei nº 384, de 4 de Março de 1904, em seu artigo 1º, autorizou fazer mudanças naquele lugar, não apenas ampliando-o, mas também imprimindo-se um aspecto mais harmonioso com as exigências da arquitetura moderna e de estética. Em 16 de Maio do mesmo ano, essas obras tiveram início.
Hoje, o mercado é oficialmente chamado de Francisco Bolonha, o engenheiro autor de tantas belas obras em Belém, e que foi concessionário daquele estabelecimento durante 30 anos.


(História Geral de Belém e do Grão-Pará, Carlos Rocque, pág. 209)


Leia Mais: Wikipédia:
O Ver-o-Peso é um mercado situado na cidade brasileira de Belém, no estado do Pará, estando localizada no Boulevard Castilho Franca. Símbolo da cidade, é sua maior atração turística e a maior feira livre da América Latina. O mercado do ver-o-peso abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais do interior paraense, fornecidos principalmente por via fluvial. Foi candidato à uma das 7 Maravilhas do Brasil.
Localizado na área da Cidade Velha (Belém) e diretamente às margens da baía do Guajará, foi construído em 1625 no porto do Pirí, assim chamado na época. Enquanto um entreposto fiscal, seu nome faz jus às chamadas Casas do Ver-o-Peso, projetadas no Brasil, em 1614, para conferir o peso exato das mercadorias e cobrar os respectivos impostos para a coroa portuguesa. A partir de então foi popularmente denomindo lugar de Ver-o-Peso, dando origem ao nome do mercado, já que era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam à Amazônia, arrecadando-se os impostos correspondentes. No final do século XIX e XX, o local que temos hoje por Complexo sofreu uma série de modificações tanto funcionais quanto em sua paisagem se adaptando às necessidades e gostos da Belle Époque. Foi nessa época que houve aterramento da Baía do Guajará, amplicação do Mercado de Carne, construção do porto e o Mercado de Ferro.
O mercado faz parte de um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, dentre elas o Mercado de Ferro, o Mercado da Carne, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira e a Praça do Pescador. O conjunto foi tombado pelo IPHAN, em 1997.


Mais:
http://www.diarioonline.com.br/noticia-193749-ruas-do-complexo-do-ver-o-peso-serao-interditadas.html
http://parahistorico.blogspot.com.br/2009/02/exploradores-e-fundacao-de-belem.html
http://artepapaxibe.wordpress.com/fotos-belem-antiga/

março 24, 2012

DESABAFO DE PARAENSE

Créditos:  A Voz de Sílvio Jr. 

http://www.facebook.com/OrgulhodeSerParaense




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NOVELA DA GLOBO RIDICULARIZA O POVO DO PARÁ.
A autora da novela das seis está desrespeitando o povo paraense, mostrando nossa gente como verdadeiros bichos, como se estivéssemos alheios ao que acontece no mundo, um povo sem cultura, que não sabe como se comportar em lugar nenhum.
Estamos indignados com as cenas que a novela vem mostrando nas últimas semanas: imaginem um jornalista ficando impressionado ao ver um computador. O motorista de taxi perguntando aos personagens se aqui era o final do mundo e a atriz se impressionando com a praia de Copacabana, como se não fosse normal. Observem como foi tratada a cena: com deboches, como se entrar na água com roupa, ou se admirar uma praia bonita fosse coisa de outro mundo.
Diferente do que os sulistas pensam, não temos jacarés nas ruas e nem andamos nus. Queremos informar que nosso estado é rico, possui praias lindas de água doce e salgada com destaque para Alter do Chão -“ O caribe brasileiro”, natureza exuberante, povo acolhedor, uma culinária riquíssima, temos ainda uma grande instituição de pesquisa em saúde pública, com referência nacional e regional para alguns agraves de saúde, o 5º maior laboratório de nível de segurança 3 da América latina, com grandes profissionais com títulos e filhos da terra.
Cara “autora”, estude e pesquise antes de se propor a fazer qualquer coisa, principalmente, quando falar da questão cultural. Temos muito orgulho de nossa terra e de nossa gente, somos papa chibé sim, e queremos ser respeitados. ( Jdhenef Dias )

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Desabafo!!!
Minha terra tem mangueiras

Onde a sombra vou buscar.
os frutos que delas brotam

São mais doces que os de cá.
Minha terra tem um povo,
alegre, puro e hospitaleiro,
que emprega o português correto
Em seu falar mais corriqueiro.

Tu viste, tu foste, tu queres.

Não é difícil para nós.
Difícil é falar para aqueles
que não ouvem nossa voz.
Minha terra tem primores,
tem belezas sem igual,
o que mais posso dizer da
minha bela Belém, capital.

Falar o "égua" como espanto,
ou como forma de encanto;
Torno-se algo grosseiro
Nas bocas dos forasteiros.

Como ousam pronunciar assim,
minha marca de nascença,
Sem o menor cuidado tomar,
achando que isso lhes dará audiência.

Então agora peço licença
Para um conselho lhes dar,
Pois que empreguem os verbos certos
Em suas conversas de boteco
E depois venham pra cá.


Minha cidade é no norte,
meu sotaque não é forte,
minha praia é de rio,
To meio longe do mar.

Me refresco é na chuva, depois do tacacá.

Vocês não podem imaginar,
Nem a GLOBO contará.
Isso tudo só verá
quem um dia for ao Pará.
Não permita Deus que eu morra

 Sem que eu volte para lá;
Sem que encontre as raízes
Que deixei ao vir pra cá.

A puta que os pariu, Rede Globo!
Quer fazer? Faz direito! Amor, Eterno Amor é o cacete!

(Alvarez Marcelina)

março 13, 2012

Belém sedia Sul-Americano de Desportos Aquáticos

De: Diário do Pará

Na próxima quarta-feira, dia 14, o Campeonato Sul-Americano de Desportos Aquáticos começa em Belém. A competição acontece no Parque Aquático do Pará e reúne grandes nomes do esporte internacional. Atletas dos 13 países da América do Sul irão competir durante os 14 dias de prova, valendo a colocação para as Olimpíadas de Londres. Mais de 600 atletas, sendo 500 internacionais e 100 brasileiros, de nado sincronizado, natação, polo aquático, maratonas aquáticas e saltos ornamentais estão confirmados para o campeonato.
A abertura oficial do evento acontece às 18h, com a presença de autoridades, atletas, público e organizadores.
Nos dias 14, 15, 16 e 17 acontecem as provas de natação e saltos ornamentais, com eliminatórias, disputas finais e premiação. Nomes de destaque no cenário nacional, como César Cielo e Thiago Pereira estarão em Belém, onde pretendem confirmar o seu favoritismo para as Olimpíadas de Londres. Nos dias 16 e 18, acontecem as Maratonas Aquáticas, provas de cinco e dez quilômetros. O percurso prevê 1h30 de prova, com saída da Universidade Federal do Pará (UFPA), e chegada na escadinha do Ver-o-Peso. O Brasil entra na competição com as atletas Ana Marcela Cunha (5 e 10 km ) e Betina Lorscheitter (5 e 10 km ), no feminino, e Allan do Carmo (5 e 10 km ), Samuel de Bonna (5 km) e Victor Colonese (10 km ), no masculino.
De 20 a 24 serão realizadas as provas de Pólo Aquático (masculino e feminino) e Nado Sincronizado. As paraenses Gabriela e Daniela Figueiredo prometem fazer bonito na competição. As atletas, que começaram no esporte, ainda crianças, no Clube do Remo, compõem a seleção brasileira de base da categoria desde 2007. Foi por sugestão dos técnicos da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos que as “gêmeas morenas”, como já são conhecidas no meio esportivo, começaram a se dedicar ao Nado Sincronizado.
Hoje elas fazem parte da Seleção Brasileira Sênior Permanente, que treina no Rio de Janeiro. As jovens desembarcam em Belém no dia 19. A seleção de nado sincronizado conta, ainda, com Lara Teixeira, Nayara Figueira, Giovana Stephan, Lorena Fontes Molinos, Maria Eduarda Pereira, Maria Bruno, Jéssica Noutel Gonçalves, Pamela Nogueira e Luísa Nunes Borges.
A cerimônia de encerramento acontece no dia 24, às 17h. O Campeonato Sul-Americano de Desportos Aquáticos será realizado entre os dias 14 e 25 de março, com entrada franca e transmitido, ao vivo, para diversos países do mundo pelo canal Sport TV.
REVITALIZAÇÃO
Piscinas, banheiros, arquibancadas, trampolins, pisos e fachada. Tudo foi reformado e revitalizado para receber o Campeonato Sul-Americano de Desportos Aquáticos. As obras foram concluídas no início da semana, obedecendo ao cronograma definido pelo governo do Estado, com acompanhamento direto da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
O parque conta também com equipamentos de tecnologia de ponta: as placas de toque (nas raias) e placa nas cabeceiras das raias, o que garantirá ainda mais segurança nos resultados das provas. O placar eletrônico da competição também é novo, e foi testado e aprovado pela Confederação Sul-Americana de Natação. Para garantir a presença do público, além das arquibancadas em concreto foram instaladas estruturas extras no entorno do parque, que ganhou, também, refletores.
O apoio do governo do Pará ao esporte já garantiu, para 2013, a realização de outro grande evento em Belém: os Jogos Olímpicos da Juventude, que devem reunir 6 mil atletas das 27 modalidades olímpicas. Esta é a segunda vez que o Campeonato Sul-Americano de Desportos Aquáticos será realizado na capital paraense. (Diário do Pará)

março 05, 2012

Ato de solidariedade a Lúcio Flavio Pinto

De: Enecos Pará
No próximo dia 6 de março (terça-feira), às 18 horas, haverá um ato de solidariedade ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, que vem sofrendo pressões, ameaças e processos judiciais por conta do seu ofício de informar, defender o direito à informação do cidadão e denunciar as investidas dos poderosos contra o patrimônio da Amazônia. O evento será realizado no auditório do Ministério Público Federal e contará com a presença de representantes de diversas entidades e personalidades comprometidas com a luta pela democracia e liberdade de expressão.
Jornalista Lúcio Flávio PintoFarão parte da mesa de debate a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sheila Faro; o presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Apolo; o procurador da República, Felício Pontes; o professor e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, Jeronimo Treccani; a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Vieira; e a jornalista e professora do curso de Comunicação Social da UFPA, Rosaly Britto.
Está sendo produzido um vídeo, que mostra a participação de Lúcio Flávio Pinto em diversos programas e documentários sobre a sua atividade profissional. Programado, também para o evento, a venda de exemplares do Jornal Pessoal e livros produzidos pelo jornalista. Antes do encerramento do ato serão discutidos os rumos da campanha de solidariedade a LFP.
A perseguição política contra Lúcio Flávio Pinto já soma 20 anos desde o primeiro processo, em 1992. No total, são 33 processos judiciais cíveis e penais contra o jornalista, que tem se dedicado a sua função de investigar, checar informações e denunciar ações ilegais, corrupção, crimes contra o interesse e o patrimônio público, além de irregularidades no exercício da função pública.
Em 1999, o Jornal Pessoal denunciou Cecílio Rego de Almeida, dono da construtora C.R. Almeida*. O empresário grilou uma área de 4,7 milhões de hectares de terras públicas, no Pará. O conhecido “pirata fundiário” processou o jornalista por suposta “ofensa moral”. O Tribunal de Justiça do Pará aceitou a queixa e condenou Lúcio à indenização de R$ 8 mil; ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas no último dia 7 de fevereiro o STJ negou seguimento ao recurso, arquivando-o, sob alegação de “erros formais”.
O ato de solidariedade a Lúcio Flávio Pinto faz parte da campanha “Liberdade para Lúcio Flávio Pinto, já conta com o blog somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com e um grupo do Facebook (Pessoal do Lúcio Flavio Pinto). O endereço do MPF/PA é: Rua Domingos Marreiros Nº690, Bairro Umarizal, Belém/PA.