![índia parkatejê](http://literatura.atarde.com.br/wp-content/uploads/2011/12/%C3%ADndia-parkatej%C3%AA-300x239.jpg)
A filha do capitão Krôhôkrenhum, Iracema, também conhecida como Krôhôkre, participou ativamente na coleta de informações do passado sobre seu povo, e afirma ter realizado um sonho com toda a aldeia. “Participei na oficina. Nós tivemos mais um pouco de conhecimento. Hoje temos uma base de como fazer esse trabalho, como fazer um livro. A felicidade para todos nós foi grande. Foi nossa realização, um sonho realizado”, afirmou.
![Foto: Gleriston Rodrigues - SRZD](http://imgs-srzd.s3.amazonaws.com/srzd/upload/p/a/parkateje_nota_srzd.jpg)
O disgner Guilherme contou que a aldeia passou pelo aprendizado de filmagem e movimentos de câmera com o objetivo de os próprios moradores da comunidade registrarem sua história. Ele afirma que este foi o trabalho mais prazero que já fez, mesmo já tendo realizado outras atividades nessa área. O processo todo pouco mais de um ano.
“Cada publicação é como um filho. Para mim o maior desafio desse livro foi poder trazer a criação do projeto gráfico para dentro da aldeia. Era uma coisa que eu queria fazer há muitos anos”, disse.
Festa para o lançamento
O fim de semana foi de festa para os índios Parketêjê. Logo na entrada da aldeia, a faixa que estampa o orgulho: “É bonito assim nossa história sair no mundo”. Na quinta-feira, os índios faziam os preparativos para receber outras pessoas de aldeias vizinhas e visitantes da cidade. A decoração, a comida, os enfeites, tudo preparado com antecedência. O capitão, que costuma se recolher cedo, fez “hora extra” para terminar o trabalho que ainda precisava ser realizado.
![Foto: Gleriston Rodrigues - SRZD](http://imgs-srzd.s3.amazonaws.com/srzd/upload/p/a/parkateje_nota_srzd1.jpg)
A sexta-feira foi o grande dia do lançamento. Com sorrisos para todos os lados, a aldeia celebrou a apresentação do livro e do DVD com rituais próprios. As crianças saudaram a chegada do capitão Krôhôkrenhum ao palco improvisado. Com canção no dialeto local, o jê timbira, que voluntários e mais velhos da aldeia tentam resgatar nos mais novos, os pequenos soltaram a voz. Depois, o capitão emocionado apresentou o livro para todos, onde o próprio está na capa.
Logo depois foi a vez de todos cumprimentarem o capitão. Primeiro os visitantes e em seguida os índios. A celebração também contou com a tradicional corrida de tora, onde tanto homens quanto mulheres corriam com uma grande tora de madeira. Quando um cansava, outro assumia a responsabilidade de carregar o peso. Uma dança típca e depois a refeição encerraram os festejos.
Eu quero um! :-) Meikwy Tekjê Ri, Isto Pertence Ao Meu Povo.
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