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By Ferramentas Blog

maio 18, 2011

Bondinhos de Belém

Acabo de achar uma apresentação de slides que fala sobre os bondinhos no Pará. Em breve vou "upá-lo" no 4Shared.

Uma brevíssima história dos bondes em Belém

A primeira empresa de bondes na capital paraense foi organizada em 1868 pelo cônsul dos Estados Unidos em Belém, o industrial James Bond. Por isso, historiadores locais afirmam que o nome dele foi a origem da palavra "bond", aportuguesada como "bonde", para designar tais veículos.
 
A linha de bondes a vapor de Belém, uma das primeiras no Brasil, ligando o Largo da Sé ao Largo de Nazaré, foi inaugurada em 1/9/1869, com bitola de 1.435 mm, usando três locomotivas e dois carros de passageiros, segundo relata o pesquisador estadunidense Allen Morrison.
 Bond vendeu seu sistema em 1870 a Manoel Bueno, que formou a Companhia Urbana de Estrada de Ferro Paraense, e no mesmo ano a Companhia de Bonds Paraense inaugurou sua primeira linha de bondes com tração animal, em bitola de 750 mm. Em 1883 já existiam 30 km de linhas, entre bondes a vapor ou com tração animal.
A Companhia Urbana assumiu todo o sistema em 1894 e contratou a Siemens & Halske, de Berlim (Alemanha), para instalar a iluminação pública e um sistema de bondes elétricos. Mas os alemães só fizeram a primeira parte. 

A Pará Electric Railways and Lighting Company, registrada em Londres em 25/7/1905, comprou a Companhia Urbana e encomendou à também inglesa J. G. White & Co., de Londres, a instalação do sistema de bondes elétricos. Seus trabalhos começaram em 15/8/1906 e exatamente um ano depois foi inaugurada a operação na então Avenida São Jerônimo (hoje Avenida José Malcher). O uso de bondes com tração animal terminou em 21/7/1908, sendo os veículos vendidos para Natal/RN.
 
O sistema de bondes elétricos de Belém permaneceu britânico em toda a sua existência, inclusive observando regulamentos rígidos, como o de que um veículo de primeira classe não poderia parar para um passageiro vestido inapropriadamente ou de forma incompleta. 
 
Mas, ao contrário dos veículos de Manaus, os bondes elétricos em Belém trafegaram sempre pelo lado direito, nas vias de mão dupla. 



Em 1940, vinte bondes fechados foram adquiridos em segunda-mão de Cardiff (em Wales, na Grã-Bretanha). Eles eram os únicos que um visitante encontraria rodando em Belém em 1946. O sistema de bondes dessa cidade paraense foi o primeiro grande sistema brasileiro a fechar, o que ocorreu por razões financeiras, em 27/4/1947. 

Vejam a seguir algumas fotos de logradouros de Belém, onde os bondes costumavam trafegar.


Avenida 15 de Agosto, em cartão postal de 1948.



Praça Portugal, em cartão postal de 1948.


Passeio Castilho França, em cartão postal de 1948.
 Por que não podemos voltar a usar os bondinhos elétricos? É muito melhor do que aqueles ônibus que parecem sempre estar com raiva da vida!

Belém, um pacote completo.


Estava pensando ontem que Belém pode ser vista de muitos ângulos. Até chegar à conclusão de que pedir Belém é pedir um pacote completinho, porque aqui tem um pouco de tudo!
As pessoas que vem de fora acham Belém uma cidade simples, ou até cafona. Quem vem do interior, acha Belém o máximo...
Isso só vem a provar que Belém tem uma elitezinha tupiniquim, pobretada, poluição, bons e maus costumes, céu limpinho, arco-íris,  muita água (aliás, muitos navios internacionais vem trazer petróleo e voltam cheios de água do rio para vender no exterior. Trágico!), inundação, prédios, distrito industrial (na zona metropolitana: Ananindeua), barracos, cortiços, lanche de rua, restaurantes finos, muita natureza, muita selva de pedra, muitos japoneses, muçulmanos, índios, negros, brancos, alienígenas, europeus, emos, punks, pichadores, grafiteiros, skatistas, paraquedistas, americanos, analfabetos, escolas caindo aos pedaços, gente morrendo na fila de hospitais, Amazônia Fashion Week, maré alta e maré baixa todo dia, ladrão, político ladrão, gay, lésbica, mendigo, cheira-cola, peixe de vala, ratos, moleque retardado de apartamento xD, gente que se vira pra ganhar o pão-de-cada-dia, gente que discute religião, gente normal, gente honesta, gente fútil, avarentos, ônibus com estrutura de caminhão, motoqueiros, velhinhos, mulher bonita, mulher-dragão, valas gigantes, narcotráfico, teatro com a melhor acústica do Brasil, lindas praças, um lindo estádio, iluminação alaranjada estressante, conurbação, muita arquitetura (Paris n'América), lojas de tecnologias, cafés, aeroporto internacional (a VARIG passava muito por aqui nas escalas para Nova York e Miami =D... Agora só tem uma empresa internacional que passa por aqui nas madrugadas de Quinta.), bondinho, muitos estilos musicais (aqui foi onde nasceram muitos ritmos do Brasil ^^)... etc.
Sobre a Varig, bondinhos e estilos musicais vou falar mais tarde.

Belém é grande, Belém é pequena; Belém é rica, Belém é pobre; Belém é agitada, Belém é tranquila...
Desde 12 de Janeiro de 1616, 395 anos de história. Primeira capital da Amazônia! Aliás, a metrópole com melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste. Avante, Feliz Lusitânia! Avante, Santa Maria de Belém do Grão-Pará! Avante Tupinambás! O/

maio 16, 2011

Tvs Locais

Hoje de madrugada, estava eu zappiando pelas repetidoras e me deparei com isto:
Nada demais... só que é interessante ver essas coisas xD. A Liberal digital também estava em manutenção. Também gravei o encerramento da Rede Brasil, mas ainda preciso editar o vídeo, porque ele foi gravado em 2 partes. O encerramento dela é meio bizarro xD.
Também estou me organizando para falar de uns 2 programas famosos no Pará. Agora vou almoçar xD. Beijos!

maio 14, 2011

Linda tarde em Bel-city =D

Essa foto é do dia 14 de Abril 

Sobre o prédio que caiu e um pouco mais.

Ê aê, galera?
Pois é... o último post foi em Janeiro xD. Nesses meses o Brasil já deu voltas de 180°, prédio já veio a baixo, minha avó foi morar com Deus, Iron Maiden veio berrar nos microfones tupiniquins, houve terremoto em tudo que é lugar... enfim. ( '-' )


Sabemos que já faz tempo, mas queria falar um pouco sobre aquele prédio que caiu, o Real Class da Real Construtora. Eu diria que praticamente todos os prédios que estão localizados na área do que costumamos chamar de Doca (bairro do Reduto e Humarizal) podem estar em perigo, mesmo que as construções destes tenham sido feitas com cautela.



Antigamente, toda aquela área era pântano. O rio adentrava muito a cidade. Houve aterramento, mas o solo ainda é instável. Não é a toa que quando houve o terremoto na Martinica em 2007, a Doca balançou e as pessoas desceram assustadas de seus prédios, inclusive gente que saiu do banho, pulou da cama... xD_ Meu amigo disse que sua cadeira de computador deslizava para um lado e o computador ia para o outro.


Ele também contou que a mãe dele viu a construção da fundação de seu prédio, que foi atrasada porque a água jorrava do chão. D=. Há quem diga que Belém é a Veneza da América, porque ela é cheia de galerias.


Outra coisa que preocupa é o fato dos prédios serem muito finos e altos demais. Ainda não há uma altura máxima determinada para os edifícios, mas todos sabemos que quando uma criança constrói uma torre com seus brinquedos, a cada nova peça colocada, ela fica mais vulnerável a cair. E como o solo não é muito confiável...


Também há o fato da própria engenharia daquele prédio. Hoje, muitas construtoras só pensam em economizar e lucrar. Bicho, a laje da minha casa é feita no estilo mais antigo e seguro. Ela é grossa, e olha que só tem 2 andares!
Agora imagina fazer um prédio de 30 andares com cada laje tendo 10 ou 15 cm! Sem falar das vigas que, quando o prédio caiu, os arames a rasgaram e se retorceram!

As pessoas acham que morar na Doca é lucro, ou que é mordomia. Longe disso! É roubada! Paga-se mais caro por aparência, não por segurança.


Não estou dizendo que todo prédio da Doca vai religiosamente cair, nem que nunca quis morar lá, mas acho que as construtoras deviam tomar vergonha na cara e construir lares muito mais seguros! Aliás, um prédio que foi construído por uma companhia famosa apresentou uma rachadura bem grande! Onde este mundo vai parar!?

A gente ora e reza para que os prédios fiquem de pé. =(